sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Verdadeiro Amor

Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento.
Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação, quando este se apaga, em vez de se submeter a triste monotonia de um matrimônio.
O mestre disse que respeitava a sua opinião mas lhe contou a seguinte história:
Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas  para preparar o café e sofreu um enfarto. 
Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde  e quase se arrastando a levou até a caminhonete.
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
Durante o velório meu pai não falou nada.  Ficava o tempo todo olhando para o nada.  Quase não chorou.  Eu e meus irmãos tentamos, em vão confortá-lo. 
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão pelo caixão e falou com sentida emoção:
" - Meus filhos, foram 55 bons anos ...  ninguém pode falar do amor verdadeiro  se não tem idéia  do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo. "
Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
" - Ela e eu estivemos juntos em muitas crises.  Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa,  mudamos de cidade.  Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem  a faculdade, choramos um ao lado do outro,  quando entes queridos partiam ...  Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que?  Por que ela se foi antes de mim e não teve que sentir  a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só,  depois da minha partida.  Sou eu quem vai passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso.
Eu a amo tanto que não gostaria que ela sofresse assim ... "
E por fim, o professor concluiu:
Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor ...  Está muito além do romantismo e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam  duas pessoas realmente comprometidas. 

Por isso digo que o verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, 
no dia-a-dia e por todos os dias.
O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, 
nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Fonte: www.encantosepaixoes.com.br